Com a palavra, o defensor público do estado.

Ermínia Maricato: Os motivos para o “terror imobiliário”

O modelo é contra os pobres que estão longe de constituírem minoria em nossa sociedade. O modelo quer os pobres fora do centro de São Paulo. Isso é óbvio

Publicado por Carta Maior

Dificilmente, durante nossa curta existência, assistiremos disputa mais explícita que esta, que opõe prefeitura e Câmara Municipal de São Paulo (além do governo estadual), que representam os interesses do mercado imobiliário, contra os moradores e usuários pobres, pelo acesso ao centro antigo de São Paulo. Trata-se do único lugar na cidade onde os interesses de todas as partes (mercado imobiliário, prefeitura, Câmara Municipal, comerciantes locais, movimentos de luta por moradia, moradores de cortiços, moradores de favelas, recicladores, ambulantes, moradores de rua, dependentes químicos, e outros) estão muito claros, e os pobres não estão aceitando passivamente a expulsão.

No restante da cidade, como em todas as metrópoles brasileiras, um furacão imobiliário Leia mais…

“Parabéns” São Paulo

Categorias:critica, governo atual

Sp é coerente!

51% dos paulistas (ainda bem que estou nos 49%) escolheram em 1º turno o governador da Opus Dei.

Pelo menos ele é coerente com sua ideologia ( e tem gente como a Soninha Francine que acha que não existem mais ideologias). Ta botando a polícia pra “trabalhar”!

Seu atual governo sempre está bombando na internet.

Primeiro espancam estudantes, plantam provas e conseguem rotular todos aqueles da USP que resolvem pensar e discordar do ditadorzinho reitor.

Depois, dor e sofrimento pra população que, na beira do abismo, encontrou no crack exatamente uma maneira de escapar da dor e do sofrimento cotidiano.

E agora, porrada no povo que mora há anos em terra de ninguem (ou melhor, na terra “ocupada” por um especulador libanes).

Realmente, São Paulo tem sido muito coerente!

extra no dia seguinte 25/01

veja esse video que ta rolando na net com um artista de rua e tire suas proprias conclusões.

eu ja to ficando bem cansado com esse tipo de atitude policial. pena que nós 49% não no juntamos e invadimos o “palacio” do governador.


 

postado pelo leitor Dani Ciasca

O conservadorismo paulista e as eleições de 2012: avanços e limites

Excelente artigo publicado na agencia Carta Maior que ajuda a explicar porque SP preocupa a todos que escrevem e frequentam este blog.

 

A construção do imaginário conservador na cidade de São Paulo tem um ponto de partida bastante nítido. A mesma modernização que produz o progresso e o crescimento da metrópole é responsável pela sensação de caos urbano e de claustrofobia social. Nesse cenário ambíguo o senso comum conservador tende a tratar os problemas da cidade como uma questão demográfica, estimulando a fobia sobre o outro e a insegurança sobre si. O artigo é de William Nozaki.

William Nozaki (*)

Raízes do conservadorismo

O estado de São Paulo segue sendo governado pelo mesmo partido político há quase duas décadas. O PSDB de Mário Covas, José Serra, Geraldo Alckmin e seus correligionários foi responsável por transformar o estado em um pólo de resistência e difusão do liberal-conservadorismo. Mais ainda, se se considerar os governos que precederam o tucanato – Montoro, Quércia e Fleury – pode-se verificar que desde a redemocratização São Paulo nunca experimentou um projeto de governo alternativo, que fosse capaz de questionar os pilares do liberalismo econômico, do conservadorismo moral e do individualismo supostamente empreendedor.

Na cidade de São Paulo, apesar Leia mais…

Categorias:critica

Soluções para uma São Paulo doente.

São Paulo é uma cidade que tem crescido menos do que o restante do país. Isso

não é de todo mal, uma vez que a cidade está superlotada e o crescimento das demais leva um êxodo para outras regiões.

Porém, São Paulo precisa de um novo jeito de se organizar.

Tomemos como primeiro exemplo a crescente violência na noite paulistana. E não estamos aqui a falar da violência que já se acostumou por aqui: tráfico, sequestro, assassinatos e roubos.

Mas desta atual, do espancamento de jovens em plena rua augusta e redondezas. Uma São Paulo que quer ser de primeiro mundo precisa aprender a conviver com a diferença.

E qual o papel do governante nisto tudo?

Seu papel é de fundamental importância, desde que ele seja um governante legítimo, é claro. Um governante que tenha como principal interesse governar deve se comunicar constantemente com seus cidadãos.

Deve vir a público em casos como estes e repudiar a violência.

Deve criar programas específicos e emergenciais de convivência entre os diferentes, seja na escola pública, seja nas praças, nas avenidas,etc… Programas que conversem com o preconceito da população e os reeduque.

Muito provavelmente seus resultados não serão imediatos, mas virão.

No entanto, o que está sendo feito nesse sentido?

Porrada nos camelos em SP é política pública!

Porque protestam os camelos do Bras?

Segundo o sítio G1: “Os ambulantes foram proibidos de montar suas barracas durante a madrugada nas ruas desde segunda-feira (24) e querem voltar a poder trabalhar.”

Trabalhar? Quer dizer então que se não trabalha é vagabundo,se trabalha também não pode?

Mas eis que a solução de todos os problemas em SP chega ao Brás

Com a tropa de choque dando porrada em todo mundo, os (des)governos do estado e da cidade podem dormir em paz.

Afinal, a “gente diferenciada” vai mais uma fez tratar das feridas e os maravilhosos moradores chiques da cidade dormirão mais uma noite tranquilos nos seus travesseiros de pena de ganso.

 

Pobre SP!

O metro que você escolheu ter.

Sabe há quanto tempo o mesmo grupo governa esse estado e ja poderia ter mudado isso? Então olha a retrospectiva na barra lateral do blog.

 

Preparando o terreno para um golpe?

14/07/2011 2 comentários

Mais uma denúncia grave atinge a cidade de São Paulo. Ela, por si só já seria motivo para publicá-la neste blog, que espera que a população da cidade e do estado de SP desperte e consiga salvá-lo.

Porém, mais do que a publicação aqui, é preciso disseminar essa notícia em todos os meios que pudermos, pois ela é muito séria.

O SBT tem entre suas novelas, Amor e Revolução, que trata do período da ditadura militar no Brasil. Muitos que há veem, ao se depararem com cenas como a desse vídeo, pensam que a novela exagera na violência e que trata-se mais de ficção do que do retrato da realidade.

Outros sentem alívio por ser este um “tempo que já passou”.

Não é o que traz a reportagem da revista Caros Amigos, n° 172. Estamos vivendo um aparelhamento policial na cidade de São Paulo, promovido pela prefeitura e, claro, com o apoio dos empresários e da grande mídia.

“Em SP, nos últimos tempos, a população paulistana tem convivido não só com a rotineira presença policial em situações de repressão às manifestações sociais e nas violentas operações nos bairros pobres da cidade, como também tem enfrentado a orientação do prefeito Gilberto Kassab, ex DEM(O)* e do novo PSD, de nomear policiais militares para a própria administração municipal.

Somente nas subprefeituras, 55 policiais militares ocupam posições no alto escalão administrativo; dos 31 subprefeitos, 25 são oficiais da reserva da PM, de modo que mais de 80% das subprefeituras estão sob comando direto da Polícia Militar. Além delas, há comando militar na secretaria de Transportes, na CET, no serviço funerário, no serviço ambulatório, na Dewfesa Civil e na secretaria de Segurança.”

Por sorte, temos a história a nos mostrar onde tudo isso pode chegar e, por isso, começamos com a cena da novela. Uma ditadura militar é a forma mais simplista de defesa dos direitos dos mesmos de sempre. Não que não haja hoje prisões arbitrárias, torturas e esquadrões da morte. Ela ocorre com os pobres e muitas denúncias mostram isso. Mas a classe média, que tanto se orgulha das administrações municipal e estadual (vale lembrar que, como mostra o mapa, o candidato da direita, Jose Serra, nas últimas eleições de 2010 chegou a ter mais de 70% em muitos bairros da capital) se esquece de que numa ditadura todos são torturados, independente da classe social.

E quando tudo isso começou. Vendo essa imagem é fácil de lembrar.

Por isso precisamos nos mexer. Divulgar essa denúncia em orkut, twitter, facebook. Contar pro vizinho, pro parente, pra pessoa que trabalha com você ou para você.

Terminamos com as questões propostas pela reportagem:

“Quais interesses estão por trás do aparelhamento policial militar das instâncias da prefeitura? Trata-se de um maior controle da população por meio do aparato policial? Se sim, para quê? Existe a possibilidade de formação de máfias? Milícias? Recrudescimento das políticas municipais para higienização da cidade como medidas preparatórias para a Copa do Mundo de Futebol? O que significa termos, de modo crescente, policiais militares no poder institucional?

* grifo do blog SOSSP

SP Capital da intolerância

Mais um ataque de intolerância na cidade. Por sorte, dessa vez os agressores foram presos em flagrante. Até quando veremos isso, senhor governador?

SÃO PAULO – Um dos cinco presos por suspeita de racismo e agressão a negros na região central de São Paulo na madrugada de domingo (3,) já havia sido condenado pela Justiça por crime de intolerância.

Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 21 anos, pegou dois anos de prisão por chefiar uma gangue neonazista, nomeada “Impacto Hooligan”, que praticaria crimes violentos contra homossexuais e punks.

O jovem e um colega dele foram condenados por associação criminosa em setembro do ano passado, mais de um ano após o atentado que deixou ao menos 13 feridos. Segundo a polícia, o grupo de Guilherme jogou o artefato em 14 de junho de 2009, por volta das 21h40, na Avenida Vieira de Carvalho, esquina com a Rua Vitória. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou o nome do preso.

Na madrugada deste domingo, policiais civis da 1ª Delegacia Seccional passavam de carro pela Rua Vergueiro, na região da Aclimação, quando um homem de 34 anos acenou pedindo ajuda. Ele disse que tinha sido agredido por um grupo de jovens, que também bateram em mais três de seus amigos. Os suspeitos, com idades entre 18 e 21 anos, foram localizados e presos em seguida pelos policiais, que os conduziram ao 5º Distrito Policial, na Aclimação. Segundo a polícia, outros quatro suspeitos correram ao notar a aproximação do carro.

Durante depoimento, as vítimas contaram que, enquanto recebiam socos e pontapés, os agressores gritavam xingamentos e frases de preconceito, além de ameaçá-los de morte. De acordo com a Polícia Civil, com os presos foram apreendidos três machados, quatro punhais, um facão, uma caneta de ferro com duas pontas e um cinto com soco inglês como fivela.

Um dos agressores vestia uma camiseta preta com uma cruz celta cercada pela inscrição “white pride world wide”(orgulho branco ao redor do mundo, em uma tradução livre para o português), que foi adotada como slogan por grupos skinheads neonazistas de todo o mundo. Outro a trajava uma jaqueta verde que trazia bordada nas costas a palavra skinheads e as iniciais da gangue liderada por Guilherme.

Um operador de 34 anos, um orientador socioeducativo de 31 e dois estudantes, com 20 e 21 anos, foram atacados pelo grupo na altura do número 1.420 da Rua Vergueiro, ao lado da Estação Paraíso do Metrô. Com exceção da estudante de 20 anos, todas as outras vítimas têm pele parda.

De acordo com a polícia, os cinco detidos foram indiciados por tentativa de homicídio, injúria racial e formação de quadrilha. O grupo foi transferido para o 2º DP, no Bom Retiro, onde aguardava vaga em um Centro de Detenção Provisória.

fonte: http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=2336

Categorias:cidadaos, preconceito